Excesso de estoque: Principais Causas e Como Evitá-lo na Produção

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A produção e distribuição de produtos diversos para que eles cheguem ao consumidor final, no momento e quantidade corretos, consiste em um processo complexo e que envolve diversas etapas.

Uma dessas etapas consiste em uma gestão de estoque em todos os elos da cadeia que seja eficiente e que garanta um planejamento e ações adequadas a cada demanda de produtos no mercado.

A gestão dos estoques é importante porque sem uma gestão eficaz de estoque podem ocorrer uma série de problemas no ciclo de produto e na cadeia produtiva como um todo, como é o caso da ruptura de estoque ou o excesso de estoque.

Este último sendo extremamente danoso e prejudicial às operações da indústria e canais distribuidores, já que produtos em excesso nos estoques configuram prejuízos e gastos desnecessários.

O excesso de estoque tem origem em um conjunto de fatores de diversos e suas consequências podem fragilizar não somente as operações dos agentes na cadeia de suprimentos, como também a própria relação entre eles.

Entretanto, assim como diversos outros problemas que afetam a cadeia produtiva, existem soluções que podem transformar o excesso de estoque em um problema menor e diminuir os seus impactos para indústrias e parceiros.

Para entender um pouco mais sobre o excesso de estoque, suas origens e as melhores formas de combatê-lo, continue a leitura do conteúdo a seguir e entenda mais sobre o assunto.

 

Excesso De Estoque E Suas Principais Causas

Como o próprio nome demonstra, o excesso de estoque acontece quando o número de produtos em estoque está acima do planejado anteriormente. Gerando gastos com armazenamento e prejuízos com produtos vencidos ou capital de giro parado.

Contudo, os excessos nos estoques podem ser ocasionados por vários elementos diferentes. E que se não identificados e remediados da maneira correta, podem trazer ainda mais gastos de recursos para as indústrias e distribuidores.

Entre algumas das principais causas para o excesso de estoque, é possível destacar as seguintes razões:

1. Produção mal planejada

Uma produção mal planejada também pode ser uma das razões para o excesso de estoque.

A produção feita de maneira pouco planejada pode ter origem em informações imprecisas e a falta de uma previsibilidade maior acerca da demanda por parte das indústrias.

Isso pode fazer com que o ritmo de produção fique fora da linha ideal e que a indústria sobrecarregue suas operações sem necessidade.

 

2. Erros de comunicação

Muitas vezes o excesso de estoque acontece por conta de ruídos na comunicação entre canais distribuidores e indústrias, por exemplo.

Quando não há transparência ou exatidão nos dados, informações e pedidos feitos pelos canais distribuidores e varejistas para as indústrias, a produção acaba sofrendo com estes erros, ocasionando uma superprodução.

 

3. Falta de integração entre canais

A integração entre canais da cadeia produtiva é essencial para que as operações tenham sinergia entre si e as parcerias tragam resultados positivos a longo prazo.

A falta de integração pode ocasionar erros de produção, logística, erros na gestão dos estoques e, claro, diminuir a margem de vendas.

 

4. Gestão de inventário ineficiente

Por fim, mas não menos importante, o inventário configura uma parte importante da gestão dos estoques.

Ao fazer uma categorização dos produtos, a gestão do inventário permite uma melhor visualização acerca do que precisa de atenção dentro de um determinado catálogo de produtos.

A gestão de inventário ineficiente pode gerar confusão diante da gestão dos estoques. O que pode gerar erros comuns como a não diferenciação entre quantidades disponíveis e SKUs disponíveis.

Isso gera uma falta de exatidão no que diz respeito aos números gerais dos estoques e dificulta o processo de vendas para outros canais. Já que a definição dos números não é clara o suficiente, gerando burocracias e atrasos.

 

Estoque Parado e Suas Consequências

Conforme já discutimos anteriormente, o estoque parado tem sua origem em diversos problemas e gera consequências danosas a todos os agentes na cadeia produtiva.

Estas consequências podem ter impactos em todas as operações da cadeia e em todas as etapas do ciclo do produto.

Algumas das consequências do estoque parado podem ser:

1. Estoque de baixa qualidade:

Sabemos que produtos em excesso nos estoques configuram um gasto de armazenamento mais alto e que demanda muitos recursos e tempo.

Somado a isso, temos o risco de roubo, danificação, vencimento e outros fatores que podem transformar um produto que estava pronto para venda em um produto em falta.

 

2. Risco de ruptura de estoque:

Parece exagero falar de risco de ruptura em estoque quando se trata de produtos em excesso. Porém, essa também pode ser uma consequência do excesso de estoque.

Produtos em excesso podem significar que o seu canal distribuidor não vai adquirir novos produtos por um tempo ou que estes produtos ainda demandarão tempo de transporte e armazenamento antes do abastecimento, o que pode fazer com que o canal distribuidor, e consequentemente o consumidor, fique sem o produto por um tempo.

 

3. Sortimento de produtos ineficaz:

Outro ponto comum ao excesso de estoque é a falta de sortimento de produtos.

O excesso de um produto pode significar outros em falta e vice e versa, o que é resultado de uma produção coordenada, conforme vimos anteriormente.

Produtos em excesso causam desequilíbrio no abastecimento e que consequentemente também afetam a variedade de produtos disponíveis para os clientes, causando redução direta nas vendas.

 

Gerenciamento De Estoque Eficaz: Como Fazer?

Agora que discutimos as principais origens e consequências geradas pelo excesso de estoque, chegou o momento de discutir as melhores formas de resolver o problema.

Uma das principais formas de começar a resolver o problema de excesso de estoque é integrando os agentes da cadeia produtiva. Assim, cada operação tem ligação direta com as outras.

Existem diversas formas de fazer isso e uma delas é através de um software integrador que permita a troca de dados e a disponibilização de insights de maneira automática. O que vai gerar ganho de tempo e economizar recursos gastos com processos burocráticos.

Outra solução que pode ser levada em consideração é a adoção de ferramentas que permitam a visualização direta das vendas e acompanhamento em tempo real dos produtos na ponta, como é o caso do varejo.

Ao obter os dados de sell out em tempo real, é possível planejar a produção de maneira mais adequada. Mantendo, dessa forma, a gestão do inventário mais eficaz, fazendo com que o ciclo do produto culmine em vendas mais altas.

Apesar de terem um papel reduzido na administração dos estoques em si, as campanhas de incentivo, quando bem administradas, podem fazer com que canais e parceiros vendam com mais facilidade produtos que anteriormente estavam parados em estoque.

 

Curva ABC: Como Utilizar Na Gestão De Estoque?

Uma das ferramentas que auxilia o equilíbrio na gestão de estoque, é a Curva ABC.

Sua origem vem da teoria do economista italiano Vilfredo Pareto, que, através de um estudo, constatou que 80% das riquezas estavam concentradas nas mãos de apenas 20% da população.

Daí por diante, outros estudos foram realizados seguindo a proporção dos 80/20 para análise de causa e consequência.

A curva ABC é um método de classificação de informações para que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número.

 

Os itens são classificados como:

 

  • Classe A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado período;

 

  • Classe B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 30% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 25% num dado período;

 

  • Classe C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total – podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado período.

 

A Classificação ABC é uma importante ferramenta para auxiliar nos processos de tomada de decisão. Visto que permite uma visão ampla sobre a gestão de uma empresa.

No caso de controle de estoque, a metodologia é utilizada para classificar e identificar a quantidade dos produtos. E quais deles mais contribuem no faturamento ou que têm maior fluxo de movimentação.

No ciclo de vendas de um negócio, alguns produtos têm mais valor do que outros e, por isso, precisam de maior atenção.

Com a aplicação da Classificação ABC no estoque, a empresa consegue as seguintes vantagens:

  • Estoque em sintonia com a demanda
  • Melhoria na saude financeira da empresa
  • Campanhas de Marketing assertivas
  • Logística otimizada
  • Preços estratégicos

 

Acuracidade De Estoque, Por Que É Tão Importante?

A acuracidade de estoque é a posse de informações exatas sobre os itens estocados.

Ou seja, tudo o que está no seu depósito deve constar também no sistema: quantos itens tem no estoque, onde estão localizados, a data de validade etc.

O registro de tudo o que está armazenado indica o nível de confiabilidade do estoque. Quanto mais alto for esse índice, maior é a acuracidade do estoque.

Em contrapartida, quanto mais baixo for o índice, ou seja, quando houver disparidade entre o estoque e o sistema e um item constar em um deles, mas não no outro, dizemos que o estoque não tem acuracidade.

Garantir a acuracidade de estoque traz vários benefícios a um negócio. Tais como:

  • assertividade na tomada de decisões
  • eficiência na gestão de estoque
  • redução de custos
  • rapidez nas entregas

 

E a baixa acuracidade de estoque pode resultar em perdas consideráveis.

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe) indicou que, em 2018, o varejo brasileiro perdeu cerca de R$21,46 bilhões (ou 1,38% de seu faturamento líquido).

Os principais motivos das perdas foram:

quebra operacional (36%)

furto externo (20%)

erros de inventário (13%)

furto interno (11%)

e erros administrativos (9%).

 

Ou seja, boa parte desses problemas poderiam ser resolvidos, ou ao menos minimizados, pela acuracidade de estoque!

 

Controle De Estoque, Você Precisar Monitorar Seus Dados

A análise de dados é essencial para o funcionamento do negócio.

Quando os gestores não têm uma visão completa da performance de seus produtos nos pontos de venda, dificilmente conseguem planejar ações que coloquem o negócio em posição privilegiada no mercado.

Monitorar dados é saber como um produto se comporta perante a necessidade do consumidor e se sua distribuição acontece de forma correta.

Dessa forma, acompanhar os índices é o que garante uma tomada de decisão capaz de aprimorar a gestão do estoque, a distribuição e as vendas da indústria.

É importante lembrar, também, que o monitoramento ainda é um desafio em grande parte das empresas, pois o estoque pode estar em vários lugares e ter acesso a essas informações não é simples.

Com isso, para que haja sempre produtos à disposição do consumidor é necessário trabalhar com os indicadores de forma integrada com fornecedores. Assim, o ritmo de abastecimento é coerente às demandas da empresa.

 

Estoque Inteligente É O Que Você Busca? Conte Com A Implanta!

O uso de ferramentas corretas fará toda a diferença na gestão de estoque inteligente, seja ele da indústria, de canais distribuidores ou varejistas.

Para tomar as melhores decisões para a sua produção, é preciso o uso de softwares integradores que tragam informações acuradas e insights que tragam uma visão estratégica e precisa da produção e das vendas.

Dentre as várias funcionalidades que as soluções da Implanta possuem, nossos relatórios te mostram estoque inicial e estoque final, estoque ideal, dias de venda em estoque, ponto de reposição, antecipação de quebra de gôndola, além de mapear oportunidades de vendas (sell in).

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